Ano Europeu da Criatividade e Inovação -Links-

Deparamo-nos com uma profunda crise económica mundial e mais do que nunca é necessária uma reinvenção da história colectiva da humanidade.
Este “Ano Europeu da Criatividade e da Inovação”, tendo surgido como uma iniciativa da Comissão Europeia - Direcção Geral para a Educação e Cultura em associação com a Direcção Geral para as Empresas e a Indústria, mas também com o envolvimento de outras Direcções Gerais da UE, contou ainda com a participação do Parlamento Europeu, do Comité das Regiões, do Comité Económico e Social, dos Coordenadores nacionais em cada um dos Estados-Membros, e ainda do think tank EPC como parceiro especial.

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Este ano surge na sequência e continuidade do “Ano Europeu do Diálogo Intercultural” de 2008 tendo como principais objectivos enfatizar a relevância e importância da criatividade e da inovação,, dando resposta aos desafios sociais e económicos, com os quais a Europa se depara.
Ao estarmos perante uma economia globalizada cada vez mais competitiva, este “Ano Europeu da Criatividade e da Inovação” pretende relacionar mundos diferentes e ao mesmo tempo tão próximos. Ao ligar as artes e as tecnologias ao mundo empresarial, o seu objectivo é associar estes domínios às escolas, universidades e aos organismos públicos e privados.
A criatividade e a inovação promovem nos cidadãos o desenvolvimento nas suas competências pessoais, profissionais, empresariais e sociais, contribuindo para a educação, pesquisa e promoção de debates políticos, assim como para o seu próprio desenvolvimento.
Leonel Moura foi o artista português convidado pela Comissão Europeia para Embaixador Português do Ano Europeu da Criatividade e Inovação. Este artista reconhecido não só a nível nacional, mas também internacionalmente, tem um percurso artístico inovador e criativo, onde cruza robótica e inteligência artificial.
Este é um ano onde se pretende sensibilizar os cidadãos para a importância da criatividade e da inovação enquanto competências fundamentais para o desenvolvimento pessoal, social e económico.
Um dos pontos curiosos ao nos debater-mos com este “Ano Europeu da Criatividade e da Inovação” é precisamente irmos ao encontro destas palavras que nos levam a conceitos.
Para começar é necessário esclarecer que a criatividade não é um conceito abstracto. Ela é uma faculdade e não se manifesta se não for trabalhada.
É necessário questionarmo-nos antes demais, sobre estes conceitos. É importante reflectir-mos sobre o cerne destas palavras, pois o uso das mesmas, muitas vezes é aplicado sem no fundo haver um conhecimento ou noção, das mesmas.
“A fantasia, a invenção e a criatividade pensam, a imaginação vê.”
Bruno Munari é um dos muitos autores que reflecte sobre a criatividade indo mais longe, ao nos falar da Fantasia e, ao falar-nos em fantasia, aborda e reflecte também conceitos fundamentais: invenção, criatividade e imaginação.
Sendo a fantasia a faculdade mais livre de todas as outras, é livre de pensar a coisa que quiser, até a mais abstracta, incrível ou impossível. Com efeito, ela pode até nem ter em conta a viabilidade ou a funcionalidade daquilo que pensou.
A invenção utiliza a mesma técnica da fantasia, isto é, o relacionamento entre o que se conhece, mas com a finalidade de um uso prático. Inventar significa pensar numa coisa que anteriormente não existia.
A criatividade é então, a utilização finalizada da fantasia, aliás, da fantasia e da invenção, simultaneamente. É um modo de projectar, ainda que livre como a fantasia e exacto como a invenção, abrange todos os aspectos de um problema, não só a imagem como fantasia, não só a invenção, mas também os aspectos psicológicos, sociais, económicos e humanos.
A imaginação é o meio para visualizar, para tornar visível o que pensam a fantasia, a invenção e a criatividade. Enquanto a fantasia, a invenção e a criatividade produzem qualquer coisa que anteriormente não existia, a imaginação pode imaginar qualquer coisa que já existe mas que no momento não está disponível entre nós.
Estes conceitos são fundamentais, pois levam-nos ao âmago de todas as questões aqui já referidas.
São necessários seres humanos que possuam faculdades como a invenção, a criatividade e a imaginação.
Sem estas faculdades não existirá uma inovação da cultura, não se criará originalidade, ousadia e engenho na aplicação do conhecimento e logo, não existirá uma Cultura de Inovação.
Este é um momento adequado para se repensarem as politicas culturais.
Para inovar-mos necessitamos de ser ousados, originais e criativos. Necessitamos de Fantasia nas nossas vidas, no nosso futuro onde a Europa abra um caminho a politicas educacionais e culturais novas.
A consciência destas faculdades essenciais para a inovação de uma cultura virada para um futuro melhor, é aquilo que se pretende, é algo que adivinha uma sociedade do conhecimento, onde a participação construtiva do indivíduo no tecido social a que pertence é essencial e desafiante.
Esperemos que este seja um ano de profundas mudanças sociais, politicas e culturais, onde a criatividade e a inovação despertem a fantasia que todos nós escondemos e não utilizamos a favor de causas comunitárias e mundiais.

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